Como criar um briefing perfeito?
Conhecer o seu cliente antes de desenvolver um trabalho pode evitar muito perrengue, por isso criar um questionário de briefing bem feito é essencial pra quem trabalha com serviços.
Pra quem não sabe o que é briefing, briefing é a coleta de informações objetivas para a execução de um trabalho ou projeto. Essa ferramenta pode ser aplicada por arquitetos, designers de interiores, designers gráficos, artistas, artesãos, designers de produto, profissionais que trabalham com produtos sob encomenda e profissionais criativos no geral. E é claro, qualquer profissão que tenha uma conversa com o cliente para entender a necessidade dele já pode considerar essa conversa como um pequeno briefing.
O que não pode faltar no briefing?
Gosto de pensar em um questionário com três etapas. Essas três etapas são extremamente necessárias para que você tenha um briefing completo e consiga visualizar exatamente o que o seu cliente precisa. São elas:
- Perguntas gerais: são perguntas como nome, endereço, telefone, e-mail, etc. São os dados cadastrais para que você tenha um bom registro sobre o seu cliente no banco de dados da sua empresa.
- Perguntas específicas: aqui você já entrar nas perguntas sobre o projeto em si. São todas as perguntas que possam te ajudar a entender melhor sobre o seu cliente e o que ele precisa de fato. Essas perguntas podem mudar de acordo com a sua área de atuação e do tipo de serviço a ser executado, então pense naquilo que vá facilitar a sua vida na hora de desenvolver esse serviço.
- Perguntas visuais: essas perguntas são mais aplicáveis para quem trabalha com serviços criativos e são, na minha opinião, indispensáveis pra quem está nessa área de atuação. Nessa etapa gosto de colocar perguntas onde o cliente possa escolher imagens. São perguntas bem aleatórias, do tipo: “das imagens de cozinhas abaixo, qual você gosta mais e por quê?” ou “qual embalagem dessas você mais gosta e por quê?”. Sempre acrescento o porquê ao fim da pergunta, para que o cliente me explique o que chamou a atenção dele.
Sobre as perguntas
As perguntas, principalmente as visuais, vão te ajudar a entender a forma de pensar do seu ciente. São perguntas para que você entenda “como ele funciona”, para poder desenvolver o melhor projeto possível.
Vale lembrar também que as perguntas visuais não são coisas pra você aplicar de forma idêntica no seu projeto. Na verdade, é algo para te ajudar a entender os estilos que o seu cliente gosta e assim desenvolver algo único com base nas necessidades e gostos pessoais dele.
Outra coisa importante é que você acrescente perguntas tanto sobre o que ele gosta, como sobre o que ele não gosta. E acredite, o que ele não gosta é ainda mais importante sobre o que ele gosta. Imagina se o seu cliente não gosta de vermelho, você não perguntou sobre isso e desenvolve um projeto todo em vermelho? Frustração em dobro: sua e dele.
Como fazer o briefing?
O briefing pode ser feito como uma conversa, onde você faz as perguntas e o seu cliente responde; ou como um questionário para que o seu cliente preencha.
No caso de uma conversa, é importante que você tenha um roteiro em mente. Isso fará com que você não se esqueça de nenhuma pergunta importante. Lembre-se das três etapas e aplique na conversa de forma natural.
Se você optar pelo questionário, faça com que ele seja leve e ao mesmo tempo preciso. Você pode utilizar o Google Forms para criar o seu questionário, inclusive já fiz um post explicando tudo sobre isso.
E é claro, você pode unir as duas coisas: ter tanto um questionário, como uma conversa. Nesse caso recomendo que o questionário venha sempre antes, assim você já terá um direcionamento, na hora da conversa, para perguntar tudo o que faltou ou que seja complementar ao que ele já respondeu no questionário.
Acrescente uma pasta de referências
Além do briefing, o que pode ajudar muito é pedir uma pasta de referências visuais para o seu cliente, mesmo que você já tenha feito as perguntas visuais.
A diferença das perguntas visuais para as referências visuais é que na primeira as imagens foram escolhidas por você e servem apenas para te orientar quanto a forma como o cliente enxerga as coisas; enquanto na segunda, as referências do seu cliente provavelmente já serão mais voltadas para o projeto que ele espera que você desenvolva.
Como entender o que o cliente quer e precisa?
Depois de questionário, conversa e pasta de referências, chega a sua vez de analisar tudo isso e entender aquilo que o seu cliente espera do projeto.
A melhor forma de fazer isso é cruzando informações e observando aquilo que mais se repete. Isso vai fazer com que você visualize aquilo que o seu cliente, na maioria das vezes inconscientemente, escolheu e mais gosta.
Por fim, leve em consideração os pontos que o seu cliente destacou como importantes, mas entenda que, muitas vezes, as referências visuais vão te dar mais respostas do que o próprio cliente.
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